Personalidades Personalidades
Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães nasceu em 5 de novembro de 1894, na cidade de Serra Talhada, sertão de Pernambuco. Filho de Sérgio Nunes de Magalhães e Antônia de Godoy Magalhães ingressou, em 1912, na Faculdade de Direito do Recife, onde concluiu o curso de Ciências Políticas e Sociais.
Foi redator do jornal "A Província", Deputado Estadual em 1918 e Deputado Constituinte em 1932. Professor da Faculdade de Direito do Recife em 1934, só chegou a dar uma aula: convidado pelo presidente Getúlio Vargas, foi ser Ministro do Trabalho. Em 1937, Getúlio o nomeou interventor federal em Pernambuco, cargo que só deixaria em 1945, para tornar-se Ministro da Justiça de Vargas.
Foi autor da primeira lei brasileira de orientação antitruste, a célebre Lei Malaia, assinada por Vargas a 22 de junho de 1945. A lei dava poderes ao governo para expropriar qualquer organização vinculada aos trustes e cartéis, cujos negócios lesassem o interesse nacional - depois que assinou o decreto-lei, Getúlio Vargas não permaneceu mais cinco meses no poder, caiu deposto por um golpe militar.
Em 1946, Agamenon voltou ao Congresso como Deputado Constituinte, dali saindo em 1950 para ser governador de Pernambuco, eleito pelo povo. Em agosto de 1952, morreu, no Recife, vítima de enfarte do miocárdio.
Aloísio Barbosa Magalhães, nascido no Recife, em Pernambuco, em 1927, foi pintor, designer, gravador, cenógrafo e figurinista. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1950. Nessa época, participou do Teatro do Estudante de Pernambuco, onde exerceu as funções de cenógrafo e figurinista, além de ser responsável pelo teatro de bonecos.
Com bolsa do governo francês, estudou museologia em Paris, entre 1951 e 1953, e também freqüentou o Atelier 17, um centro de divulgação de técnicas de gravura.
Em 1956, viajou novamente, desta vez com bolsa concedida pelo governo americano. Nos Estados Unidos, dedicou-se às artes gráficas e à programação visual e lecionou na Philadelphia Museum School of Art.
Em 1960, retornou ao Brasil e abriu um escritório voltado à comunicação visual, campo no qual foi um dos pioneiros no país. Em 1963, colaborou na criação da Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janeiro, onde lecionava comunicação visual.
Em 1964, criou o símbolo do 4º Centenário do Rio de Janeiro, seu primeiro trabalho de grande repercussão pública e, no ano seguinte, desenhou o símbolo para a Fundação Bienal de São Paulo. Desde 1966, desenvolveu desenhos para notas e moedas brasileiras. Em 1979, foi nomeado diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, no ano seguinte, presidente da Fundação Nacional Pró-Memória, quando iniciou campanha pela preservação do patrimônio histórico brasileiro.
Em sua homenagem, a Galeria Metropolitana de Arte do Recife passou a denominar-se Galeria Metropolitana de Arte Aloísio Magalhães em 1982, ano da sua morte. Em 1997, o nome da instituição foi alterado para Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam).
Poeta brasileiro nascido em 1884, no Engenho Pau d'Arco, na Paraíba, Augusto dos Anjos é considerado um dos mais originais poetas brasileiros entre Cruz e Sousa e os modernistas.
Estudou no Liceu Paraibano e formou-se em direito no Recife em 1906, porém nunca advogou. Preferiu viver de ensinar português, primeiro em seu Estado e a seguir no Rio de Janeiro, para onde se mudou em 1910. Lecionou também geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Mudou-se para Leopoldina, em Minas Gerais, em 1913, onde assumiu a direção do grupo escolar e dava aulas particulares.
Como poeta, caracterizou-se por recorrer a uma infinidade de termos científicos, biológicos e médicos para escrever seus versos, nos quais expressa por princípio um pessimismo atroz.
Seu único livro publicado foi Eu (1912), em que canta a degenerescência da carne e os limites do humano. Praticamente ignorado a princípio pelo público e pela crítica, esse livro só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.
Hoje é um dos poetas mais lidos da nossa literatura, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu prematuramente em Leopoldina, no ano de
Diretores de 1830-1889 Diretores de 1830-1889
O primeiro diretor do então Curso Jurídico de Olinda nasceu no engenho Antas, na vila Formosa de Serinhaém, na zona da Mata Sul do Estado. Há controvérsias de seus biógrafos quanto à data do nascimento – em geral, considera-se o ano de 1793. Filho do então capitão Manoel de Araújo Lima, comandante do distrito de Serinhaém, e de Anna Teixeira Cavalcanti, Pedro de Araújo Lima levava nas veias o sangue dos Barbosa Correia de Araújo, acompanhantes de Duarte Coelho na tarefa de ocupar as Alagoas, e de se espalhar por Pernambuco e Bahia.
O Marquês de Olinda, como ficou conhecido, recebeu o título de doutor em cânones aos 23 anos, pela Universidade de Coimbra. Tomou posse do cargo de diretor da Faculdade de Direito em 1º de março de 1830, mas sua permanência na função foi de apenas alguns meses, não deixando vestígios além da indicação de Lourenço José Ribeiro para substitui-lo, interinamente. Para ele, o título foi meramente honorário, diante dos cargos que ocupou na Corte.
Político de grande projeção nacional, representou Pernambuco nas Cortes de Lisboa em 1821. Chegou à Câmara dos Deputados em 1826, permanecendo até 1837. Foi ministro por 8 vezes no 1º e no 2º Reinados. Durante 27 anos foi Conselheiro Imperial. Além disso, no período de 1837 a 1840, atuou como regente da nação.
Enfrentou as Revoltas da Sabinada, na Bahia, da Balaiada, no Maranhão, a Cabanagem, no Pará (vencidas) e da Farroupilha, no Rio Grande Sul (em processo de negociação quando da sua saída). Também participou de outros importantes fatos da História do Brasil, a exemplo da Questão Christie e da Guerra do Paraguai.
Tornou-se célebre como o típico político imperial - ora surgindo sob vestes conservadoras, ora sob as liberais. Recebeu o título de Visconde em 1841 e o de Marquês em 1854. Faleceu no Rio de Janeiro em 1870.
Em 1804, no bairro do Poço da Panela, no Recife, nascia o Barão de Itamaracá. Filho de Francisco Maciel Monteiro e Manoela Lins de Mello, o bacharel pela Universidade de Coimbra foi também capitão comandante das tropas auxiliares da capitania de Pernambuco.
Depois de seu curso preparatório em Olinda, partiu para Paris em 1823. Lá, na Universidade de Paris, recebeu o grau de bacharel em Letras, em 1824, o de bacharel em Ciências, em 1826, e o de doutor em medicina, em 1829. De volta ao Brasil aos 25 anos, começou a exercer a profissão médica, mostrando talento que lhe deu fama e numerosa clínica.
Ocupou diversos cargos eletivos. Foi vereador na Câmara do Recife, suplente de deputado na primeira Assembléia Provincial de Pernambuco, de 1835 a 1837, e deputado, de 1834 a 1837. Foi Ministro dos Negócios Estrangeiros e, em Portugal, exerceu a função de Ministro Plenipotenciário.
Retornando ao Recife depois da demissão do gabinete de que fizera parte, foi-lhe confiada a diretoria do então chamado Curso Jurídico de Olinda (hoje a Faculdade de Direito do Recife), por decreto Imperial de 18 de Julho de 1839, assinado pelo regente Pedro de Araújo Lima (Marquês de Olinda). Morreu em 1868 em Lisboa.
Português de origem, era bispo de Cochim, cidade indiana. Encontrando-se no Rio de Janeiro na época da independência do Brasil, em 1822, aderiu à causa. Como a diocese de Olinda estava vaga, D. Pedro I tornou-o responsável por ela. Em 1828, o posto de bispo de Olinda foi confirmado pelo papa Leão XII. Mas não lhe foram entregues as bulas pontifícias, e Thomaz de Noronha, desgostoso, resignou o bispado e seguiu para Portugal. Em 1839, retornou ao Brasil e foi nomeado, interinamente, diretor do então Curso Jurídico de Olinda. Em 1840, novamente exerceu o cargo como interino. Somente em 1844 foi nomeado diretor efetivo. Faleceu em 1877.
Diretores de 1890 -1930 Diretores de 1890 -1930
José Joaquim Seabra nasceu em Salvador, na Bahia, em 1855. Graduou-se na Faculdade de Direito do Recife em 1877. Foi um político e jurista famoso. Presidiu a Bahia em duas ocasiões (1912-16 e 1920). Conhecido como J. J. Seabra, foi professor substituto em 1880, passando a catedrático em 1886. Durante breve período, foi também promotor de justiça nomeado.
Ingressando na política, elegeu-se deputado para a Constituinte Republicana em 1890, e logo após, para a Nova Câmara dos Deputados.
Fez violenta oposição ao Governo Floriano Peixoto, chegando a ser exilado na Amazônia (município de Cucuí), depois no Uruguai (na capital Montevideo), retornando com a anistia de 1895. Foi deputado federal em outras três ocasiões, chegando à Liderança do Governo durante o mandato de Campos Sales, sendo o último mandato como deputado federal de 1916 a 1920. Ocupou, no governo de Rodrigues Alves, o Ministério da Justiça (1902-1906), e interinamente foi ministro das Relações Exteriores (por um mês, em 1902). Na presidência de Hermes da Fonseca foi Ministro da Viação e Obras Públicas (1910-1912), chegando, ainda, ao cargo de Senador.
Em 1922, foi candidato a vice-presidente na chapa dissidente "Reação Republicana", encabeçada por Nilo Peçanha, e apoiada pelas oligarquias situacionistas da Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul, derrotada pelo candidato oficial Artur Bernardes.
Seabra encerrou sua participação na vida pública, a contragosto, com a Revolução de 30, que apoiou, mas sem obter a esperada contrapartida. É lembrado pela ampla obra de reurbanização empreendida na capital baiana, pela oratória, gestos largos e por suas controvérsias políticas. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1842.
Nascido em 1860, diplomou-se pela Faculdade do Recife em 1882.
Professor substituto em setembro de 1889, foi o último professor nomeado no período do Império. Foi Catedrático do curso de Notariado, em 1891, e de Direito Comercial, em 1895. Foi diretor da Faculdade de 1º de setembro de 1894 até 7 de dezembro de 1897. Anteriormente fora vice-diretor.
Publicou A nova escola penal, Bens patrimoniais das ex-princezas, A medicina legal na Faculdade de Direito do Recife, A fauna dos túmulos, e Conceito jurídico do funcionário. Faleceu em Olinda em 1908.
Diretores de 1931 - 1970 Diretores de 1931 - 1970
Procedente da Bahia, o filho do major Joaquim José de Almeida, ficou famoso por suas aulas de Introdução à Ciência do Direito. Catedrático em 1934, ganhou de Gilberto Freyre o epíteto de "terror dos primeiranistas de Direito".
Joaquim Inácio de Almeida Amazonas nasceu em 1879, no Recife. Filho do advogado Antonio Amazonas de Almeida, colou grau com láurea na Faculdade de Direito do Recife em 1901.
A aspiração de entrar para a Congregação da Faculdade, onde formara o seu espírito, concretizou-se em 1908, quando tomou posse como professor substituto em 7 de dezembro. Meses depois, em 14 de abril de 1909, tornou-se professor de Direito Comercial. Dois anos depois, em 1911, ao instalar-se no Rio de Janeiro o Conselho Superior de Ensino, foi escolhido para ser o representante da Faculdade, conservando a representação até 1935, quando a renunciou por impedimento decorrente da saúde de seu pai.
Por muito tempo membro do Conselho Técnico e Administrativo da FDR, várias vezes ocupou interinamente a sua direção, passando a diretor efetivo em 1945. Embora tenha recusado a indicação para deputado federal, acabou eleito senador estadual.
Várias foram as funções públicas que desempenhou. Foi membro da Comissão de Economia e Finanças do Estado, membro e presidente do Conselho Administrativo do Estado, organizador da Seção de Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil e seu presidente por 16 anos, organizador do Conselho Penitenciário de Pernambuco e seu presidente por 17 anos, e presidente do Instituto Arqueológico e Histórico de Pernambuco por vários anos.
Foi o primeiro reitor da Universidade do Recife e criou a Cidade Universitária. Faleceu em 1959.
Diretores de 1971-2000 Diretores de 1971-2000
Nascido em 1929, o filho de Osvaldo Veríssimo Guedes Alcoforado e Maria José Guedes Alcoforado concluiu o curso clássico em 1948, no Colégio Joaquim Nabuco.
Nascido em 1919, Luiz Pinto Ferreira é natural de Pernambuco. Filho de Alfredo Pinto Ferreira e Maria Regina Pinto Ferreira, fez o primário no Colégio Nóbrega e o secundário no Liceu Pernambucano e no Colégio Aldridge, no Rio de Janeiro. Concluiu seus estudos no Recife, no Colégio Marista, em 1933.
Chegou à Faculdade de Direito do Recife ainda com 15 anos para fazer o vestibular. Formou-se logo após completar 20 anos e já se dedicava ao aperfeiçoamento filosófico da Ciência Jurídica. Foi o Laureado da turma em 1938.
Foi livre docente de Teoria Geral do Estado. Ocupou os cargos de vice-reitor substituto e reitor interino da Universidade Federal de Pernambuco. Foi chefe de departamento de Direito Público, Geral e Processual na FDR, e coordenador do Mestrado de Ciências Políticas da UFPE. Foi professor catedrático de Direito Constitucional na FDR, na Faculdade de Caruaru e na Universidade Católica de Pernambuco.
Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra, em 1999. É membro da Academia Nacional de Direito, da Academia Brasileira de Letras Jurídicas, e da Academia Pernambucana de Letras Jurídicas.
Em sua atividade política, foi fundador e presidente durante 8 anos do antigo MDB (hoje PMDB) de Pernambuco.
Foi diretor-presidente da Sociedade Pernambucana de Cultura e Ensino – SOCEPE, mantenedora da Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco.
Lançou inúmeros livros, ensaios, coleções do Direito, Sociologia e Filosofia e teve suas obras publicadas em vários países. Das 245 publicações de sua autoria, destacam-se: Curso de Direito Constitucional, Novos rumos do Direito Público, Sociologia do Desenvolvimento, Código de Processo Civil Anotado, Código Eleitoral Comentado, Internet: crimes eletrônicos e Criptografia, e A era da Informática e o Direito Cibernético.
Nasceu em 1930, na cidade do Recife. Filho de Sérgio Loreto Filho e Leopoldina de Albuquerque e Melo Loreto, bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1952. Na mesma Faculdade fez o Doutorado, de 1953 a 1954.
Advogou e começou a dar aulas como professor de Direito Internacional Privado da FDR. Teve bolsa de estudos nos Estados Unidos, onde concluiu com reconhecimento o Curso teórico-prático em Fundamentos Sócio-culturais em Desenvolvimento de Comunidade, na Universidade de Berkeley, no estado da Califórnia.
Em sua gestão como diretor da Faculdade de Direito teve oportunidade de conduzir a maior obra de restauração cultural e arquitetônica até então realizada na Faculdade.
Coordenou o Programa de Pós-Graduação da FDR, onde implantou o Curso de Doutorado, de 1994 a 1996, de cuja função se afastou em decorrência de aposentadoria. Foi professor do Mestrado e do Doutorado em Direito, das disciplinas Relações Internacionais e Direito Internacional Privado.
Algumas honrarias que recebeu: Ordem do Mérito Capibaribe da Cidade do Recife, Ordem do Mérito Guararapes, Medalha Conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira, Homenagem do Clube dos Advogados de Pernambuco (em 2001), e Medalha Joaquim Amazonas (da OAB-PE, em 2002).
Diretores de 2000 em diante Diretores de 2000 em diante
Diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco eleito pela comunidade acadêmica e designado pelo então reitor da UFPE, Mozart Neves, em 1998. Formado pela UFPE e pela UERJ, o professor conta com os títulos de Mestre em Sociologia (UFPE) e Doutor em Direito (UFPE e UFMG). Ivo Dantas ficou a frente da FDR até o ano de 2002
Formada pela Universidade Federal de Pernambuco, onde obteve também os graus de Mestre e Doutora, foi eleita pela comunidade acadêmica e designada pelo reitor da UFPE, Amaro Lins, em 18 de abril de 2007, em coincidência com as comemorações de 180 da FDR.